“Sonhar é perder o chão para ganhar o céu.” É a frase que, ao lado da colorida ilustração de um balão de gás entre as nuvens, estampa a parede de uma das salas de aula da E. E. Professor Francisco Brant, cuja iniciativa levou a ganhar não o céu propriamente dito, mas, sim, uma escola mais ativa, inclusiva e cheia de autoestima. E, se estamos falando de sonhos, esse se trata de um sonho antigo: o projeto "Escola, Casa Viva, Educação e Cultura" trata-se de um projeto pedagógico de revitalização do ambiente escolar, havendo sido proposto no Projeto de Intervenção Pedagógica e idealizado pela E. E. Professor Francisco Brant desde 2014.
“O projeto foi de grande valia para a escola, pois os alunos ficaram mais ávidos pelo saber e pela busca de conhecimentos, o que acarretará, no curto e médio prazos, um crescimento intelectual destes”, afirma a Profa. Cacilda Bellose Sobreira, diretora da escola, contente pela concretização do projeto cujos recursos financeiros foram totalmente oriundos de doações.
Além de interdisciplinar, o projeto também não se restringe à comunidade escolar, envolvendo os familiares e todo o entorno do colégio na realização de algumas tarefas. E, por falar em tarefas, em meio as tantas que foram executadas está a continuidade do projeto “Horta na Escola”, do qual está incumbido a Educação em Tempo Integral e que ganhou fôlego a partir de uma gincana, onde cada turma adotou um canteiro. Em um mundo de alimentos super industrializados e em meio a uma demanda de praticidade que impossibilita conhecer a origem do que se come, os alunos da referida escola terão agora a oportunidade de colher os frutos do próprio trabalho na horta, os quais serão destinados à merenda escolar.
O trabalho empenhado na horta, em conjunto com a revitalização das salas de aulas e da horta, ocasionou um maior comprometimento dos alunos na preservação dos bens públicos. Isso se deve ao fato de que, ao ver a uma escola totalmente revitalizada como fruto do próprio envolvimento, os discentes tendem a uma maior valorização do espaço escolar e, por extensão, dos demais espaços públicos. Nesse sentido, é de extrema relevância a proposta da E. E. Professor Francisco Brant, uma vez que, ao oportunizar o trabalho no espaço escolar, o estudante reconhece o trabalho do outro envolvido nos demais espaços. “O cidadão que – ainda na juventude e, claro, dentro dos limites estabelecidos – vive experiências laborais tende a valorizar os espaços públicos. Dificilmente esse cidadão poluirá as ruas, pisará na grama ou fará pichações em patrimônios históricos, como ocorrido recentemente”, disse a diretora.
Com o projeto, a jovem Kelly Regina de Paula Freitas, aluna da turma 204, aprendeu que a diversidade não inviabiliza o trabalho em equipe e que o envolvimento dos discentes é essencial para a construção de um ambiente mais jovem. “A Gincana ajudou a melhorar a cara da escola, as salas foram revitalizadas, ajudou a melhorar a horta porque nós plantamos, e, apesar das divergências, os alunos da turma ficaram mais unidos, a escola ficou mais parecida conosco."
A aluna Kelly está com a razão, e a SRE Metropolitana B se regozija com o trabalho realizado pela escola, bem como pelo fôlego que o mesmo dá ao nosso ideal de uma educação verdadeiramente para a vida.
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