Educação e arte se completam na Orquestra Jovem Caio Martins

As instalações da E.E Santa Tereza e da Fundação Caio Martins (Fucam) - Centro Educacional Esmeraldas ganham tons de erudição e harmonia quando as notas da Orquestra Jovem se desprendem dos instrumentos e preenchem o espaço em cada ensaio. O projeto nasceu em 2013 e tem se tornado cada vez mais significativo, seja pelo crescimento pessoal dos alunos, ou pela beleza das apresentações realizadas pelo grupo.

Composta por 35 jovens na faixa etária dos 8 aos 18 anos, a Orquestra constitui uma das sete atividades educativas oferecidas pela Fucam aos estudantes no contraturno escolar. Os participantes são alunos da E.E Santa Tereza e adolescentes oriundos de famílias carentes ou em situação de vulnerabilidade social, recebidos pela Fundação em regime de internato.

Benefícios pedagógicos

“A música inspira as pessoas, transforma comportamentos, estimula a criatividade, a disciplina e a concentração. São muitos os benefícios pedagógicos que podem ser observados e que se refletem, inclusive, no desempenho escolar”, comenta José Alarico Elias Gonçalves, maestro que deu início ao grupo e o incentiva com tanto afinco que empresta seus próprios instrumentos para composição da Orquestra e instrução dos alunos.

 Os ensaios são realizados duas vezes por semana, com os estudantes divididos nos turnos matutino e vespertino. Com o auxílio da professora Silvana Araújo Costa, o maestro trabalha musicalização, teoria e prática de quatro instrumentos diferentes: violinos, viola clássica, violoncelo e flauta doce.

Aos 14 anos, Caio Augusto Marques está no 8º ano da E.E Santa Tereza e se orgulha de já ter participado de diversas apresentações da Orquestra, da qual faz parte há um ano. “Minha família fica emocionada por me ver tocar. Eles me dão a maior força”, conta o aluno que já domina a flauta doce e está iniciando a prática do violino.

Futuro

Vitor Thiago Teodoro Duarte, 15 anos, cursa o 1º ano do ensino médio e entrou na Orquestra encantado por um instrumento em especial. “Estou tocando violino, mas quero aprender também o violoncelo, que sempre me atraiu. Levo tudo isso muito a sério porque quero ser músico no futuro. Aos poucos vou alcançando meus objetivos”, afirma.

O empenho dos estudantes leva o maestro José Alarico a sonhar com a ampliação da Orquestra Jovem Fundação Caio Martins. “Hoje não temos o objetivo de formar músicos, mas de desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos. Entretanto, os resultados são tão positivos que nos levam a sonhar com voos mais altos, que possam até mesmo levar esses meninos à profissionalização pela música”, comenta o maestro. A julgar pelo talento dos jovens, as possibilidades são maravilhosas.