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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Da “Gazeta” ao “Sessentão”: história, censura e liberdade de expressão


Em 10 de setembro comemora-se a Fundação do 1º Jornal do Brasil, ao passo que o dia 30 é dedicado àquele profissional que, de certa forma, trabalha com o jornalismo, mas não é jornalista. Trata-se do Dia Nacional do Jornaleiro, profissional esse que, tanto quanto os profissionais da mídia, merece o nosso respeito, uma vez que é também responsável por fazer a informação chegar até nós. Imagine a importância desses profissionais em tempos nos quais nem sequer sonhávamos com a tevê e tampouco com a internet.

Lembremos que a primeira transmissão de tevê no Brasil se deu em 18 de setembro de 1950, há apenas 66 anos (os professores de História concordarão que, aos olhos de um historiador, é como se houvesse sido ontem), enquanto o primeiro jornal brasileiro, “A Gazeta”, começou a circular em 1808! Dizem as boas línguas que os negros escravos foram os primeiros jornaleiros, e saíam pelas ruas gritando as principais manchetes “A Atualidade”, primeiro jornal a ser vendido avulso, em 1858.

E muito se tem de censura nessa longa história do jornalismo brasileiro... Tanto durante o império português como durante a ditadura militar, os profissionais da informação trabalharam sob rédea curta, e nada que fosse contrário à religião, ao governo e aos bons costumes poderia vir à público. Isso é apenas uma síntese da nossa vasta história jornalística, e a E.E. Dom Bosco, ciente da incontestável importância dessa história, trabalha o jornalismo escolar como forma de promoção da cidadania e empoderamento, objetivando a construção de uma escola viva e dinâmica, onde a voz da comunidade escolar é ouvida. O sentimento de pertencimento fica latente quando o educando se identifica com a instituição e percebe o conhecimento como algo fundamental na sua formação como ser humano, e o papel da escola nesse processo é o significado além da simbologia. A escola em movimento é atuante, com projetos que integram o corpo docente e discente, onde todos trabalham com foco e dedicação, pois acreditam que é possível fazer a diferença.

A ideia de um jornal para a escola surgiu durante uma oficina do projeto Aluno de Tempo Integral e, naturalmente, do desejo de transformar a forma como a comunidade percebe a escola em questão. A E.E. Dom Bosco, aliás, já dispõe de uma rádio escolar desde 2013, a qual, porém, ainda não funciona plenamente em virtude da precariedade de recursos. A rádio foi pensada enquanto ferramenta de construção do Grêmio e tem o nome de “Onda Jovem”, havendo sido implantada pela Profa. Neimara Coelho Lopes Egydio, diretora da escola, que, à época, atuava em sala de aula lecionando a disciplina de História.

De toda essa elogiável relação pregressa com o jornalismo, nasceu o Jornal Sessentão, cujo título é uma referência aos 60 anos da E.E. Dom Bosco, que será comemorado em dezembro. A publicação conta com a coordenação da Profa. Cláudia Erlane e uma equipe de 90 pessoas, envolvendo alunos, professores e direção.


"O marketing associado ao bom trabalho pode transformar a dinâmica da escola como espaço reconhecido e valorizado pela comunidade escolar, onde alunos tenham orgulho de estudar e professores tenham satisfação e resultados”, explica a Profa. Neimara, animada com a nova empreitada da escola. “ Conquistar o respeito pelo trabalho de excelência, bons profissionais e alunos motivados é o nosso grande desafio. Resgatar e transformar a E.E Dom Bosco é o nosso grande desejo e a nossa equipe não vai medir esforços para alcançar esse objetivo".

O recurso para produção do jornal foi advindo de vendas de recicláveis através de uma campanha de sustentabilidade promovida pela escola. A guarda municipal de Contagem e o restaurante Bom Tempero entram como parceiros devido à sua contribuição nas atividades da escola com segurança, transporte e lanche. A escola ainda tem como parceiros a Comunidade Viva, Vallourec, Ser Parte e Arca da Aliança.

Trata-se ainda da primeira edição do jornal, mas a escola tem grandes expectativas no que tange a aproximação da comunidade, a valorização da escola e do corpo docente e o reconhecimento da instituição como referência. Prosseguindo com a história heroica e repleta de altos e baixos do jornalismo no Brasil, o Sessentão vem, certamente, para fazer a sua parte com honestidade, fidelidade à informação e imparcialidade. Escrevam aí: vai ficar na História...

Clique AQUI e acesse o Jornal Sessentão do Dom Bosco.
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Texto: Alex Gabriel da Silva
Imagens: Sessentão do Dom Bosco

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