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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

E.E. Imperatriz Pimenta promove reflexões sobre trabalho escravo e tráfico humano




A dura realidade do trabalho escravo e os riscos do tráfico de pessoas foram pesquisados, debatidos e se converteram em base para um intenso trabalho artístico e pedagógico desenvolvido entre as turmas do ensino médio da E.E. Imperatriz Pimenta, do município de Ibirité.

A ação é resultado de uma parceria firmada com a ONG Repórter Brasil, instituição fundada por jornalistas, cientistas sociais e educadores com o objetivo de fomentar a reflexão sobre a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores no Brasil.

Adotando a proposta de trabalho da ONG, docentes da escola conduziram junto aos estudantes um processo de pesquisa e reflexão sobre o conceito do trabalho escravo contemporâneo e assuntos correlatos, como a migração e o aliciamento de trabalhadores. O tráfico humano também foi abordado. Depois do tráfico de drogas e armas, este tipo de violação dos direitos humanos é considerado, hoje, a terceira maior fonte de lucro para o crime organizado mundial.

 Um novo olhar: escravo, nem pensar

“É de extrema importância que os jovens conheçam essa problemática e contribuam para a difusão do assunto em sociedade. Tanto o trabalho escravo quanto o tráfico humano podem ser combatidos por meio do acesso a informações sobre estes assuntos, seja por meio do conhecimento dos direitos básicos dos cidadãos, ou pelo reconhecimento das estratégias usadas pelos contraventores para o aliciamento das vítimas”, salienta Marivaldo Ribeiro dos Santos, diretor da escola.



Batizado como “Um novo olhar: escravo, nem pensar...” o projeto deu origem a exposições fotográficas produzidas pelas turmas do 3º ano e disponibilizadas ao público externo no Via Shopping e na Fundação Helena Antipoff. Também foram realizadas encenações teatrais pelas turmas do 1º ano; e apresentações de música e poesia, produzidas pelas turmas do 2º ano do ensino médio.

Marivaldo acredita que além de beneficiar os alunos com o conhecimento gerado pelas ações pedagógicas, encontrou uma maneira de alertar os jovens sobre os perigos de uma pessoa se tornar mais uma entre milhares de vítimas dos criminosos disfarçados no meio da população.

“Neste sentido, os trabalhos produzidos serviram para ampliar o alcance destas informações, orientando também a família e a comunidade sobre seus direitos, o Código Penal, formas de denúncia e, principalmente, a importância de serem mais cautelosos no dia a dia para se defenderem ou salvar vidas”, ressalta o diretor.


 

 

Como denunciar

O Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir o trabalho escravo de forma oficial, o que ocorreu no final do século XIX. No entanto, em termos práticos, esse problema continua a existir nos dias atuais. Informações recentes estimam a ocorrência de 200 mil trabalhadores no país vivendo em regime de escravidão, segundo dados do Índice de Escravidão Global, elaborado por Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Denúncias sobre esta prática criminosa podem ser feitas em qualquer Delegacia do Trabalho, em todas as Delegacias de Polícia, no Ministério Público do Trabalho, no Ministério do Trabalho, na Defensoria Pública ou nos sindicatos.

De acordo com dados do Ministério da Justiça, em 2013 foram identificadas 254 vítimas brasileiras do tráfico de pessoas, sendo 107 por exploração sexual. Mas o problema é que muitos casos não são denunciados por medo ou falta de informação. Para conscientizar vítimas e chamar a atenção para este crime, a ONU escolheu 30 de julho como o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Quem tiver alguma denúncia a fazer pode ligar para os números 100 ou 180. Também é possível se comunicar com a Coordenação de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça pelo e-mail de informação: traficodepessoas@mj.gov.br ou pelo e-mail de denúncia da Polícia Federal: urtp.ddh@dpf.gov.br.

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