O evento aconteceu no dia 10 de novembro, com o objetivo de contribuir para a formação de educadores capazes de elaborar projetos pedagógicos que contemplem conceitos, princípios e estratégias educacionais inclusivas.
“O Ministério da Educação dissemina nacionalmente a política de educação inclusiva e tem implementado ações que colocam como prioridade a ampliação do acesso e do atendimento educacional especializado, criando as condições necessárias para a participação e aprendizagem de todos os alunos”, destaca o professor Ederson Rodrigues, vice-diretor da escola.
Quebrando paradigmas
Embora a participação do intérprete de Libras no contexto da escola regular seja um grande avanço no sentido da inclusão, Wildmark ressalta que os papéis desempenhados pelos educadores em sala de aula precisam ser claros. “É comum que intérpretes de Libras se coloquem como professores dos ‘seus’ alunos surdos, o que não é recomendável. O intérprete deve portar-se apenas como é mediador entre línguas, enquanto a função de ensinar a todos deve se restringir ao professor da classe, ou da disciplina”, comenta.Mais uma vez quebrando paradigmas, durante a capacitação Wildmark deu provas de que a sensibilidade do educador pode enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, tornando ainda mais efetivos os esforços pela inclusão. O palestrante exibiu aos alunos vídeos que ele mesmo produz com o intuito de traduzir músicas internacionais por meio da Língua de Sinais. “Música é expressão. E embora o surdo não possa ‘ouvir’ as canções, ele pode senti-las através das vibrações e compreender as intenções musicais através do movimento corporal”, explica.
Para encerrar a palestra, Wildmark ainda deixou, em tom descontraído, algumas dicas didáticas aos futuros educadores:
Não é legal
- Produzir aulas expositivas em excesso- Ditar matéria
- Fazer correção de atividade oralmente
- Fazer grandes leituras com auxílio de alunos
- Explicar matéria enquanto escreve no quadro
- Apagar o quadro antes da explicação
- Passar vídeos e filmes sem legenda
- Expor matéria somente com apresentação de trabalhos de alunos
- Aplicar provas extensas
- Fazer piadinhas e trocadilhos durante a explicação
Isso é legal
- Promover trabalhos em grupo- Explicar matéria usando o quadro como base
- Usar exemplos reais do cotidiano
- Usar vocabulário mais acessível
- Dar tempo para executar atividades
- Fazer correção de atividades no quadro
- Perceber e avaliar a produção qualitativa do aluno desde o início da etapa
- Ser claro e direto nas explicações
Parabéns ao Wild pelo esclarecimento na palestra e pela iniciativa de gravar vídeos traduzindo a música em libras e com a legenda, tenho certeza que assim como nos sentimos a emoção passada através de expressão corporal e fácil, os surdos também sente e se sente um pouco mais incluídos na sociedade
ResponderExcluirEu gostaria muito de agradecer a Metropolitana B e a Secretaria da Educação pela dedicação dessa publicação. Sinto-me Honrado e valorizado por este trabalho que á anos Eu venho me dedicando com tanto esforço. Esses vídeos que Eu postei na minha pagina do Youtube é um projeto que ainda é um bebê, " Musicalização em Língua de Sinais", pois, tenho por certo que o meu Corpo, a minha Expressão facial e a minha competência linguística pode sim transmitir a essência e a alma da música para aqueles que não escutam. Mais uma vez, muito obrigado! Wildmark Ferreira
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